Como se define a ontologia do ser como ser negado na existencialidade do ser.
Magnífico o que posso dizer eu não sou nada, tenho apenas um projeto de ser.
O que há dentro da minha pessoa, apenas a existencialidade vivida, sem nenhuma essência.
Deste modo, sou sempre a ausência, um ser incompleto, nada é pré definido, sendo assim, sou a incompletude.
Tudo que tenho um projeto de ser, entretanto, não sou propriamente, a minha essência desta forma é vazia, a minha evolução a própria negação do meu ser.
Nunca poderei ser o que desejo ser, portanto, a vontade é apenas o desejo alienado da minha existência.
O que busco o sonho da impossibilidade, a essência da negação da existência.
Com efeito, o que quero tão somente aquilo que não pode constituir-se como ser.
De tal modo, a minha realidade, o que é má fé, a crença na possibilidade da realização da essência.
Sendo desta forma, sou a impossibilidade, na efetivação da existencialidade.
Sou um ser que não é o que é, o mistério do segredo da minha vontade, portanto, a não ideologização dos meus sonhos, cuja a substancialidade é a efetivação do nada.
Exatamente por não ser nada, que tenho a razão desideologizada, livre para voar e fugir dos condicionamentos existenciais.
Então sou a luz do brilho da negação da síntese afirmada como proposição.
Apenas a continuidade da afirmação negada, portanto, a impossibilidade de todas coisas que jamais serei, a inexistência como possibilidade da existência.
Por fim, a própria negação como afirmação desejada de um passado afirmado como presente, todavia, negado na efetivação da essência do meu ser.
Sendo assim, sou apenas a inconstitucionalidade da própria essência, portanto, não procure nada em minha pessoa, a não ser o meu substrato existencial vazio.
Edjar Dias de Vasconcelos.
Edjar Dias de Vasconcelos.