A Explicação do Livro: O Ser e o Nada de Sartre.
Magnífico, recordo, era ainda muito jovem, estudava filosofia PUC de Belo Horizonte.
Estava de férias na fazenda serra da moeda, Itapagipe, Triangulo Mineiro.
As margens do rio moeda, pescando, sentado em umas pedras, lendo a magnifica obra de Sartre, O Ser e o Nada.
Ainda na versão em francês, tinha estudado francês no seminário menor da cidade de Campina Verde.
Padres Lazaristas.
Sartre disse que a existência precede a essência, que fascinação, a base do entendimento da psicanálise, do materialismo histórico e da dialética.
Antes tinha lido Ser e Tempo de Heidegger obra que influenciou a literatura de Sartre.
Sartre publicou Crítica da razão dialética, ficando famoso pelo fato que escreveu, As palavras, sua autobiografia, ganhou o prêmio Nobel de literatura não aceitando, uma desmoralização para academia.
Do mesmo modo, procedeu com academia soviética, devolvendo o segundo Nobel de literatura.
Sartre pura exuberância.
Portanto, muito orgulho poder estudar o pensamento de Sartre, no livro O Ser e o Nada, ele discorda de Aristóteles a respeito da etimologia potência.
O ser é o que é, um ente em si, sendo esse ente qualquer objeto, possuidor de uma essência.
Entretanto, para existência humana, o ser possui um ente para si, significando que na relação do ente em si e do ente para si, o homem vai se definido na existência.
Deste modo, os dois seres se encontram, através do não ser, nessa dialética, o ser vai se definindo sendo a essência precedida pela existência.
Todavia, o ser se define pelo nada, possibilitando a abertura da existência, constituindo-se na essência.
Entretanto, o homem está jogado no mundo, sem deus e não há uma razão para ser.
Somos condenados a liberdade, no entanto, a referida não tem sentido, sendo a má-fé produto do medo, o homem é obrigado ser o seu próprio engodo, mentindo para si, ludibriando a consciência sapiens.
Quando terminei de ler O Ser e o Nada, simplesmente estava apavorado, o mundo é uma fabricação da mentira, somos a mentira constituída, tinha que voltar ao seminário de Belo Horizonte, em uma tarde quente, o jipe dirigiu-se a cidade de Itapagipe.
No outro dia as três horas da tarde estava rezando o breviário, no convento de São Vicente em Belo Horizonte.
Edjar Dias de Vasconcelos.