O Tarot

O tarot abre os alicerces do meu peito

Racha meus segredos por puro deleite

Encontra minhas verdades quebrando meu respeito

Arranca minhas certezas de enfeite

Quando o tarot traduz incansável

O que escondo em meu coração inalcançável

Meu cérebro derrete, inviável

Minha alma berra, insaciável

Quando o tarot me mostra

O que, ignorante, cego

Aos olhos do oráculo endeusado

Minha vertente de ostra

Me nego

Endiabado

Me dilacero

Me quebro

A medida que o tarot me mostra

Nas verdades incontestáveis

Todos os pontos abomináveis.

Os Deuses sabem como os dias

têm sido incontáveis

Como a prosa se mostra prazerosa

Entre eu e mim

Dois amantes inseparáveis brindando

Ao amor que foi conquistado

Em meados

De anteontem

Porque o tarot me mostrou

Ensinou, cativou e conquistou

A clareza e a voz do meu espírito

Que em encanto se permite esquecer o ego

E aprender que almas antigas também

Renascencem pelo aprendizado

Que nem os mortos confiam

Em contar aos vivos.

A Aristocrata
Enviado por A Aristocrata em 23/01/2020
Código do texto: T6848323
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.