VER
Olhar o mundo para também se enxergar
Ver as cores para se embriagar
Observar em silêncio crianças brincando com ternura
Conhecer à minha volta para me livrar da amargura
Entender o que era antes e como depois ficou
Quem tem discernimento se consagrou
Além dos olhos, ver pelos sentidos
Mais que a superfície, aquilo que é restringido
Nos fechamos para aquilo que é melhor
Retrocedemos para o que existe de pior
Sem nos guiar, colocamos uma venda
E ficamos na certeza que ninguém nos entenda
O pior cego é aquele que não quer ver
A descoberta pode lhe fazer temer
E se não vê, não se vê
E gente assim quero esquecer