ANTÍTESE IMPREVISTA
ANTÍTESE IMPREVISTA
O mal já não me assusta.
Assusta-me o além
do limite do mal,
quando o mal já é banal
e vejo que o povo não surta,
quando dele se furta
a liberdade natural.
O mal tornou-se pouco,
diante daquele louco
que encanta todos os moucos,
os que fuzilam já loucos
o sol rebelde, agora em prantos,
que volta a brilhar para poucos.
O poeta, quase rouco,
Teme perder seus encantos.
NELSON MARZULLO TANGERINI
16.1.2020.