NOS AFASTARMOS ...
De repente ela chega,
assim como quem não quer nada.
Vai chegando e dominando;
entristecendo-nos por dentro.
A gente vai ficando sem ações,
perdendo a força e o ânimo.
Alegria vai-se velozmente,
na mesma proporção a tristeza vem.
A vontade de viver vai minguando,
mas o desejo de morrer logo cresce.
Rapidamente nos afastamos de todos,
simplesmente nos calamos e fugimos.
Então, no mesmo canto de sempre:
Nos pomos. Lá, silenciosamente, sem
que ninguém nos veja, vertemos o nosso
pranto tal qual um caudaloso rio.
Só depois que as lágrimas secarem voltamos:
E, outra vez, ajuntámo-nos aos amigos:
Assim permanecemos até que surja um novo ciclo e, novamente temos que nos afastarmos!