NOS AFASTARMOS ...

De repente ela chega,

assim como quem não quer nada.

Vai chegando e dominando;

entristecendo-nos por dentro.

A gente vai ficando sem ações,

perdendo a força e o ânimo.

Alegria vai-se velozmente,

na mesma proporção a tristeza vem.

A vontade de viver vai minguando,

mas o desejo de morrer logo cresce.

Rapidamente nos afastamos de todos,

simplesmente nos calamos e fugimos.

Então, no mesmo canto de sempre:

Nos pomos. Lá, silenciosamente, sem

que ninguém nos veja, vertemos o nosso

pranto tal qual um caudaloso rio.

Só depois que as lágrimas secarem voltamos:

E, outra vez, ajuntámo-nos aos amigos:

Assim permanecemos até que surja um novo ciclo e, novamente temos que nos afastarmos!

Roberto Jun
Enviado por Roberto Jun em 14/01/2020
Código do texto: T6841392
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.