Sou um poeta triste!
Mestre porque me fizestes tão triste?
Mestre porque me fizestes tão triste?
Enquanto poeta garimpo as palavras
Como um garimpeiro raro
A busca de pepitas reluzentes
Para alegrar o amanhecer
Daqueles que acordam indiferentes.
A poesia é a expressão sublimada do desabrochar da primavera
Vem traduzindo sons de arpas orientais
Uma viagem solitária de quem medita! ... Ouvir
O som do silêncio interior
É o mergulho que faço
Para encontra-me no regaço
E assistir ao espetáculo
Que só a natureza basta
Ela não faz nenhum sacrifício para mostrasse bela.
Ela é... o silêncio
que o poeta não consegue traduzir.
Porque senhor! Me fizeste tão triste?
Se a poesia que faço
Não é!
Penso, que a medida da tristeza que
Rasga o meu peito, será efeito do buril divino
Para lapidar os versos e aí neste sofrimento que aprofunda
Retirar o néctar que procuras!
Sendo assim
Permita Senhor
Que eu seja menos triste
E possa feito criança correr pelos
Bosques cheios de flores
Entender o impressionismo dos Girassóis de Van Gogh
O insinuante riso de Monalisa
O desejo adolescente de Manoel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada! Ah!
Preciso Senhor do riso fugidio
Que escapou, deixando - me só nesta caminhada
Portanto te rogo!
Se existe luz nos meus versos
Que divido com quem amo
Dei-me o riso que preciso
Permita como Bandeira ir embora
Levar a tristeza que não preciso
E deixar o riso que não carrego!