LUA DA CIDADE
Diante de tanta clareza
por que nos cega a razão?
E se a tua beleza
impõe-se tão clara,
flamejante na imensidão,
por que escureço em mim?
Falta-me
o beijo de amor,
o afeto, a ternura
ou o tocar das mãos?
Os potentes watts
escondem da cidade
a tua natural poesia
e morremos ao anoitecer
todos os dias,
preso na nossa
insana objetividade.
Na contramão da vida
os carros aceleram
pelas ruas e avenidas
levados pela nossa
obtusa rotina.
E como uma amante
obcecada por um olhar,
flutuas nua
quase abandonada
sobre a nossa paisagem
Diante de tanta clareza
por que nos cega a razão?
E se a tua beleza
impõe-se tão clara,
flamejante na imensidão,
por que escureço em mim?
Falta-me
o beijo de amor,
o afeto, a ternura
ou o tocar das mãos?
Os potentes watts
escondem da cidade
a tua natural poesia
e morremos ao anoitecer
todos os dias,
preso na nossa
insana objetividade.
Na contramão da vida
os carros aceleram
pelas ruas e avenidas
levados pela nossa
obtusa rotina.
E como uma amante
obcecada por um olhar,
flutuas nua
quase abandonada
sobre a nossa paisagem