A caneta

Importante na escola da vida

Necessária para escrever

E mesmo assim passa despercebida

A quem não quer aprender;

A que deixa marca no papel

Todo dia, diariamente

Seja no azul do céu

Ou no amarelo do sol ardente;

Ensinando a lição

De tudo o que tem a aprender

Em cima deste chão

Até o dia em que viver;

Exigindo de você

A tal dedicação

Sem deixar de aparecer

O esforço em suas mãos;

A caneta

Que não é mais leve assim

E também a sua letra

Que agora está perdida no capim!;

Enxada! Essa é a caneta

De quem não quis estudar

E aquele esforço de fazer uma letra

Dobrou para o mato capinar;

A sala de aula agora mudou

Não tem ar-condicionado

Tão pouco ventilador,

Mas tem o sol ensolarado

Para a tristeza do trabalhador;

O leve papel

Está modificado

Para um chão duro e cruel

Que o sol tem maltratado;

A lição não é a mesma

E o que era para ser um "A"

Agora é o AR

Da tristeza;

O sol quente agonia

Deixando marcas de fraqueza

Ao passar do dia a dia,

Essa é a lei da natureza

Não tem como mudar,

No rosto o olhar de tristeza

De quem um dia não quis estudar;

A caneta que era leve e destacada

Hoje modificou

Para o formato de uma enxada

Hoje fico desconsolado

Não pensei no meu futuro

E não volto mais ao passado;

Eu é quem escolho essa sina

Não aprenderia na escola

O que hoje o tempo me ensina,

Ainda volto a falar

Esse estudo é diferente

Trabalho no sol quente

Porque não quis estudar;

Nessa escola da vida

Não tem como fugir

Nem mesmo que ainda

Você tente corrigir.

Não adianta pular portão

Muito menos discutir

Pois o destino deste cidadão

É o tempo que vai decidir;

O que adianta é estudar

Para ser "alguém na vida".

Não vim aqui criticar

E nem querer mudar a sua

Vim para dizer

O que é de melhor na vida

Para um dia "crescer".

Francisco Antonio
Enviado por Francisco Antonio em 04/01/2020
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