Eu, Travesti!!
Ó, lá vem ela
Silhueta bailando por sobre a penumbra da rua
Como sempre, bela
Bumbum e peitos com silicone em dia
A preferida da freguesia
Cicatrizes de agressões “jazem” presentes
Mas não tiram a beleza desse ser reluzente
Os lábios trazem consigo um sorriso de cinema
Mas a região dos olhos é um dilema
Não escondem o medo e aflição
De viver dessa profissão
Com Deus no coração e navalha debaixo da língua
Lá vai ela de novo, marginalizada
Mergulhar no submundo esquecido
Com um desejo no coração
Alcançar novamente a luz do dia
Já são seis horas?