QUERO AGORA
(Ps/489)
Nas quebradas da vida, ando e
Necessito da embriaguez das horas!
Longas, porém, curtas no tempo,
I need ópio, à uma intensa embriaguez!
Não se explicam as horas, apenas,
O sentimento revela a si, ao âmago
A dor e a angústia que perpassam
Saltando do peito em sofreguidão!
Nada explica! Nada!
As noites silenciam no torpor
Das lembranças que marcaram
No olhar da lua clareando
A Baía da Guanabara!
Nada explica! Nada!
O azul silencia e observa o pensamento
Na monotonia do cotidiano gris
Sou eu nas águas, no pensamento gris!
O meu amor é inocência e não pensa.
Sente e não compreende
O minuto e as horas que se perdem
No atalhos da minha existência!
Nada explica! Nada!
Evasão... uma cor se distingue
Entre tantas, porém, não é a minha cor
E ela é unica, que humedece meus olhos!
Flutua na brisa a mansidão do momento
Existo e reflito o mundo em que vivo,
A realidade, o erro, o próprio existir
E a alma se define sem conhecê-la!
No meu adormecer a inocência brota
Na grandeza, fora de mim, estado de alma
Como estrelas que cintilam, belas e longínquas
Sem poder tê-las, assim como o meu amor!