OLHAR SEM JULGAR
Olhar sem julgar
Aquele toco, fosco, furado e apodrecido,
Ora foi arvore frondosa ,florida e frutífera.
Aquele irmão na calçada de braços estendidos,
Ora foi vida agraciada e beijada com ternura.
Aquele alimento embrulhado, rejeitado e jogado,
Ora foi grãos colhidos, empacotados e vendido.
Aquela fonte degradada, contaminada e poluída,
Ora foi mina cristalina que reproduzia vidas.
Aquele entulho demolido com ferragens retorcidas,
Ora foi ideia arquitetada, construída em múltiplas cores.
Aquele velho enfraquecido, trêmulo e sem visão,
Ora foi jovem vigoroso, decidido ,bajulado e amado.
Aquela união desfeita, rancorosa e indesejada,
Ora foi amor partilhado, assumido e juramentado.
Aquela consciência inutilizada, omissa e egocêntrica,
Nunca foi consciência, foi ignorância e desconhecimento.
Quando vemos algo, que contraria a nossa realidade,
Atentamos para o conhecimento da origem.
Para não julgarmos e condenar a história...
Edye.