DESTINO DA VILÃ

Destino da vilã

O pensamento tende a ser vaidoso

Quanto mais imoral e odioso

For o desejo da vilã.

É que sempre e a todo instante,

Por ter o desejo repugnante,

Tem de certo a alma pagã!

Sua vida é por detrás das cortinas,

Pior que a de bebuns às esquinas,

Ou de um coitado ao exílio!

A insignificância é o seu emblema,

E como se verifica um teorema,

A perfídia se verifica o seu domicílio.

Prevalece-se da ignorância alheia,

Se auto intitula boa ovelha,

Mas é o pior de todos os lobos!

Seu pequeno rebanho de sementes,

Comprado a um custo inconsequente,

Aos poucos se esvai em pequenos sopros.

Terá, portanto, dois fins possíveis,

Pois que as justiças exequíveis

Podem tardar, mas sempre se achegam:

O primeiro será a solidão extrema;

O segundo beberá do que envenena;

Findará – como quase todos desejam!

Diego Muniz

20/Dezembro/2019

Rio de Janeiro – RJ