O “DESVER” DO POETA
O menestrel que andava sedento,
não sabia se procurava
a água viva da fonte
ou algum veneno.
Pois não havia sabores
acres ou doces,
tudo era experimentos.
Somente bebia da vida
espalhada no cotidiano.
Achava-se perdido,
não em busca do caninho
ou do olhar perfeito,
mas do “desver”.
A poesia encontra-se
no descaminho.
Não há alegria
nas felicitações,
pois para o poeta
que canta vivências,
não há busca
pelo regojizo
ou exortações.
(Imagem: Di Chirico)
O menestrel que andava sedento,
não sabia se procurava
a água viva da fonte
ou algum veneno.
Pois não havia sabores
acres ou doces,
tudo era experimentos.
Somente bebia da vida
espalhada no cotidiano.
Achava-se perdido,
não em busca do caninho
ou do olhar perfeito,
mas do “desver”.
A poesia encontra-se
no descaminho.
Não há alegria
nas felicitações,
pois para o poeta
que canta vivências,
não há busca
pelo regojizo
ou exortações.
(Imagem: Di Chirico)