QUANDO A ALMA VOA, HÁ UM POETA DENTRO DELA--Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros

QUANDO A ALMA VOA, HÁ U POETA DENTRO DELA - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros

Ador insiste, mas o amor não se perverte,

sonhos convertem solidões em paraísos.

Se cada guizo é uma serpente que adverte,

o amor diverte-se com os sonhos imprecisos.

Uns se dedicam à própria sobrevivência,

outros descobrem o tempo da rebeldia,

e quem desfia os novelos da ciência,

adia o tempo infeliz que o desafia.

O amor resiste e se junta à fantasia,

chama a alegria que completa os sentimentos,

nesse momento se sublima a ousadia,

à revelia do que sinta o sofrimento.

Se do lamento, se compõe a melodia,

a harmonia organiza novos tons

e se os neons têm o amor por moradia,

é no sonhar que o coração produz neons.

Tanto poeta se completa num amigo...

quando há abrigo, nem se sente a tempestade,

na amizade, me abençoas e eu bendigo

o que só possa te trazer felicidade.

A dor insiste, mas a alma é passarinho,

cujo caminho é o céu mais azulado.

Pobre coitado que só quer voar sozinho,

quando o amigo lhe oferece um ombro... alado.

Pois que se viva cada instante e que se creia

que a vida é cheia de momentos tão felizes,

que até a dor transfunde amor na própria veia,

quando ela anseia libertar os infelizes.

Em cada flash, uma história é recontada,

alicerçada na pureza da amizade, assim, no enredo de uma vida abençoada,

o amor insiste em pôr a dor em liberdade.

Quem pinta aquilo que não vê, faz um rascunho

de próprio punho, da revolta que o irrita,

porém, se a dor constrói um falso testemunho,

o amor maltrata-se na dor que nele habita.

Que tu resistas, coração ao que magoa...

quando a alma voa, há um poeta dentro dela

e se a sequela de uma dor não te abençoa,

o amor ecoa na emoção que te revela.

Às 6h 57min do dia 18 de dezembro de 2019 do Rio de Janeiro - Clinica Santa Lúcia - Botafogo -

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LUIZ POETA
Enviado por LUIZ POETA em 18/12/2019
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