DA ESCRAVIDÃO

Às vezes não compreendo,

O homem e o seu valor

Que surrou o seu semelhante,

Como se não sentisse dor

E o pior de tudo,

É que a razão foi a cor.

A escravidão é uma lembrança,

Que envergonhou a história

Vai ficar para sempre,

Acesa na nossa memória.

Tendão de Aquiles da Pátria,

Desse país varonil

Vergonha pros Europeus,

Que povoaram o Brasil.

Primeiro foram os índios,

Saques, ruindades e invasões

Depois vieram os negros,

Morar em nossos galpões.

Não tinham nem pagamento,

Gentileza e dignidade

Não respeitavam os coitados,

Desde a tenra idade

Sofriam de sol a sol,

Todo tipo de maldade.

Mas como eu disse em outra feita,

O tempo é sempre Senhor

Veio a Princesa Isabel,

Com um resquício de amor

Libertar os nossos negros,

Daquela vida de horror.

Liberdade, palavra linda

Quando se tem aonde ir,

Pois daquelas fazendas

Foram obrigados a sair,

Só não sabiam para aonde,

Não tinham onde dormir.

E esse foi o início

Da diferenciação,

Pois um negro doutor

Não se vê hoje não,

Resultado da vergonha

Do princípio da Nação