Minhas incompreensões
Há um tempo me pergunto
Sobre a vida
Sobre o Mundo
Sobre os sentimentos profundos
Sobre o que é ser bom ou ser mau...
Há um tempo me pergunto
Sobre a vida
Sobre o Mundo,
Mas nunca soube a resposta
E já passou tanto... tanto tempo
Que de criança, já fui moça
E de moça, fui mulher
E ainda eu prossigo
Sem entender bem das coisas que a vida quer
Não entendo das almas perdidas que tentam se encontrar
Não entendo das coisas da vida que deixam feridas
E não esperam a hora de cicatrizar...
Confesso sinceramente que me esforcei para entender o porquê
O porquê de tudo ser
O porquê de não ser
O porquê do meu ser
O porquê de ainda haver algum motivo pra sonhar
O porquê do instável ser estável
Afinal, onde está a glória nessa História?
Onde estão todos os esquecidos na memória?
Onde está o Amor?
Quando vamos finalmente respeitar as diferenças?
Onde? Quando? Onde? Quando?
Me digam, por favor!
Ah, eu busco por um motivo que seja
Pois a vida é brutal e não perdoa
E é na peleja que se tenta encontrar a felicidade
E é no caminho repleto de espinhos que miramos o céu...
Mas às vezes, vem a luz que clareia a escuridão
Faz das lágrimas surgir um sorriso imenso
Faz no peito crescer um sentimento de alento
E às vezes, o dia amanhece tão lindo
Tão lindo que vejo um arco-íris em qualquer lugar
Tão lindo que as rosas vermelhas se acendem no meu despertar...
E quando o avião decolar, me acorde
Que eu quero olhar incessantemente pela janela
E quando o avião voar, eu quero ir mais alto
E eu quero ver o mar de algodão ao meu redor
E eu não quero mais voltar
Eu quero ver as luzes do entardecer
Que trazem uma atmosfera de pêssego sobre mim.
Ainda vou escalar montanhas depois de cair em um precipício
Pois, viver é estar em um abismo imerso numa névoa pesarosa
Sem ter chances de escapar
Mas quando se vai mais adiante, o Sol te atinge
Exalando o doce perfume da vida.