A procissão
Sujeira, poeira, discriminação
O mundo é feito de canos baratos
Sob o concreto e as pedras do chão
Se esconde a procissão dos ratos
Os que caminham pensam ter poder
Os que se arrastam nao posso dizer
Será que preferem ser dominados
Ou nao lutam porque temem perder?
Mas nao existe silêncio efetivo
No frenesi da multidão quieta
As vozes presas pelos pensamentos
A tortura da atitude correta
Será que há alguma solução
Nesses olhares analizadores
Ou só criam uma falsa razão
Para no fundo esconderem suas dores?