REPUBLICANDO - ALMA GRÁVIDA
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ALMA GRÁVIDA
Preciso da sorte
Que o destino traçou
Não quero a morte
Que um dia virá cinzenta
Quero o barulho da vida
Que seduz em câmera lenta
Meus olhos embebidos de amor.
Quero a lucidez insana
O paraíso descoberto
A loucura certa e incerta
Do que virá.
Quero a (in)sensatez do momento
Que desaba sobre mim.
Não meço meus passos
Ando sobre os saltos
Onde meus sapatos
Deixaram suas pegadas.
Quero o horizonte ao longe
A brisa que desfila
O mormaço que aconchega
O bater descompassado do amor.
Quero o insano como presente
A insensatez permanente
O sonho corrente
A surpresa do caminho.
Quero a confusão da estrada
Que se rompe em curvas e retas
Tenho a alma grávida
Pela vida.
MARINA BARREIROS MOTA
ALTO-ACADEMIA DE LETRAS DE TEÓFILO OTONI