VIDRAÇA

Lástimas que

Afligem meu olhar

Quero uma balada

Com cheiro de jasmim

Um beijo com marcas de batom

Quero me perder no tempo

Me saciar nas loucuras

Onde o homem perdeu o pudor

Virou abutre à procura de

Sangue bom

Eu aqui trancada

Tragando a dor

Abrindo a vidraça

Sorvendo o frescor

Na garganta o grito de dor

Quero a liberdade

A ousadia, ave, poesia!

Da alma que chora

Com/paixão

Sem compaixão

Vagando no tempo

Vendo a vida passar

Viajante sem saber a hora

De embarcar

Desta terra sem lei