"CENTELHAS QUE ILUMINAM A CIDADE"
I
Cidade calada em versos exaltada
Terra da garoa e dos bondes
Em preocupações mergulhada
Rotinas que a vida reserva
II
Desertas ruas silenciadas
Dormes inquieta ainda é madrugada
Lampadas espalham claridade
Por esta silenciosa cidade
III
Passaram-se o tempo
Selva esculpida em ferro e cimento
Em contínuos movimentos
Na velocidade do vento
IV
Caminha o homem sem teto
Segue desolado seus instintos
É preciso sobreviver as adversidades
Desta imensa cidade
V
Centelhas que iluminam a cidade
Por vezes opaca, nebulosa luminosidade
Querida, amada em sua grandiosidade
Sua fria garoa se desperta em receptividade
VI
Aos trancos e barrancos progresso iminente
Tuas árvores sem folhas e sem galhos
Ruas e avenidas impuseram-se a vielas e atalhos
A biodiversidade já não compõem seu presente
VII
Centelhas que iluminam a cidade
Árvores sem folhas e sem flores
Troncos brotam da terra em ferro e cimento
Natureza destruída sem planejamento
Obs: Este poema que posto hoje é parte de um poema que escrevi em 2014 composto por cem (100) estrofes, que entendi desnecessário posta-lo na integra para evitar que não fosse lido na integra por sua dimensão.