A Vida!

Ainda que não possa evitar o dano

Ainda que não possa evitar o espanto

Ainda que não possa arancar essa dor do seu peito

essa tristeza que te atormenta...

Choro, choro, choro... 

Essa dor que dilacera em mim

A dor da impotência:

quando se estar distante e não poder mitigar...

A vida, apesar de parecer  madrasta,

uma  bebida amarga,  Respirar o próximo ar... Respirar

Respirar quem sabe aí,  nessa porção de ar

A vida se expresse!

A angústia de não poder te carregar dói

dói tanto maior que seu pranto é

Não ter mãos para te  amparar...

Na porção do próximo ar, quem sabe,

 a dor, que de tanto doer, envergonhada se recolha,  Essa senhora sem alma

E o amor tímido em germe enrame e aos pouquinho se alastre

tome o seu lugar e se derrame.

Lázaro zachariadhes
Enviado por Lázaro zachariadhes em 26/11/2019
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