Basto-me...

Alcanço a liberdade semi plena com asas atrofiadas;

mas hoje, talvez voar não seja o maior desejo.

Desejo apenas sobreviver.

Cabe-me nostalgia alguma do que passou.

O que passou,

passou, é passado e não volta.

Instiga-me o futuro, mas acolhe-me o presente.

Esse é meu presente, o único que é certeza

em meio a tantas incertezas

no porvir.

Não considero-me semi pleno senão pleno ao que vim ao que dispus-me,

ao que dispuseram-me.

Resta-me,

resto-me,

basto-me... na solidão.

fabio fernandes
Enviado por fabio fernandes em 25/11/2019
Código do texto: T6803495
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