Basto-me...
Alcanço a liberdade semi plena com asas atrofiadas;
mas hoje, talvez voar não seja o maior desejo.
Desejo apenas sobreviver.
Cabe-me nostalgia alguma do que passou.
O que passou,
passou, é passado e não volta.
Instiga-me o futuro, mas acolhe-me o presente.
Esse é meu presente, o único que é certeza
em meio a tantas incertezas
no porvir.
Não considero-me semi pleno senão pleno ao que vim ao que dispus-me,
ao que dispuseram-me.
Resta-me,
resto-me,
basto-me... na solidão.