A chave na árvore
Não é pegadinha do Gugu
Isso mesmo e não é uma
São duas chaves penduradas no galho
Ao alcance das mãos
O que faz ali, quem as pôs?
Quem as teve e as perdeu?
Duas chaves fecham dois mundos
...Ou um só?
Por acaso dois segredos, duas revelações?
De um lado um escravo, de outro um escravocrata
...Quem sabe
De um lado um universo enorme de pobreza
Do outro um mundo pequeno de bilionários
Que aprisionam os recursos de todos para si!
Ou prendeu uma angustia tão grande
Que não consegue mostrar?
Uma alegria incontida jubilante
Que aguardará um momento propício para divulgar?
As duas chaves na árvore pode ser tudo
Ou nada de novo trará?
Violência, opressão
Pressionando a fechadura
...Que abrirá
Regozijo, prazer
...Inúmeros de prontidão
Talvez as chaves fechem um calabouço
...Trevas, incertezas, ingratidão
Como a vi e a imaginei
Concebo que tudo possa preservar
O que serrou as chaves
Ninguém sabe, ninguém viu
E assim vai continuar
As duas chaves no galho da árvore
Alcance da vista
...Da imaginação