REVOLUÇÃO
Eles que estavam acima de nós e não nos enxergavam,
Não sentia culpa pelas penitencias que os inocentes passavam,
A nossa existência eles apenas ignoravam,
Um a um caía de fome, fome de tudo ao meu lado,
E a cada minuto eu ficava mais obstinado,
Tentando derrotar a besta que envenenou meu mundo.
Eles que estavam acima de nós se declararam santos,
Mentiam, mesmo sabendo que conhecíamos os vossos enganos,
Mas as normas já não podiam nos proteger,
E parados não sabíamos o que poderia acontecer,
Enquanto o coração se inclinava a uma revolução,
Para novamente dar a voz aquela nação.
Eles que estavam acima de nós tinham na mesa a ceia,
Enquanto nós caminhávamos sem esteia,
A esperança já era ausente em um dialogar,
Pois eles não entendiam nada, enquanto fingiam escutar,
Eram os bons filhos que estavam padecendo,
Enquanto eles e seus seguidores se conduziam a uma eterna teta para mamar.
Eles que estavam acima de nós, por muito tempo permaneceram,
E junto com eles os escravos que pensavam que eram e não entenderam,
Que daquela água boa só eles poderiam tomar,
Mas os bons filhos viram que o sistema apodrecido não devia os aprisionar,
Então eles gritaram a liberdade e começaram a revolucionar,
E quando eu acordei, dei o primeiro passo, para que isso não fosse apenas um sonhar.