A poesia morreu.
A poesia está morta, poetas!
Com Carlos Drummond de Andrade,
Teve nome e sobrenome. Nasceu em Minas Gerais, num pasto verde, entre serras, mangueiras negras velhas e vários animais.
A poesia está morrendo!
Não venha dizer que não sabia.
Quando Fernando Pessoa morreu, levou metade da gramática e os eufemismo,
e toda sintaxe e engoliu as metáforas (miserável carregou o código).
Carlos Drummond nasceu, e depois de nascido cresceu, sem acreditar em nada: nem na vida que era cheio, nem nos anjos, nem em Deus... debochou de José, que até agora não sabe para onde ir.
O José (somos nós), poetas!
Poetas que vivemos buscando a porta e a porta não há mais.
Não adianta chorar: o mar secou, o mar da palavra secou em nós.
Temos que voltar para Minas, não me pergunte como é o que sei!
Se minas não há mais o problema é nosso, e agora?