A poesia morreu.

A poesia está morta, poetas!

Com Carlos Drummond de Andrade,

Teve nome e sobrenome. Nasceu em Minas Gerais, num pasto verde, entre serras, mangueiras negras velhas e vários animais.

A poesia está morrendo!

Não venha dizer que não sabia.

Quando Fernando Pessoa morreu, levou metade da gramática e os eufemismo,

e toda sintaxe e engoliu as metáforas (miserável carregou o código).

Carlos Drummond nasceu, e depois de nascido cresceu, sem acreditar em nada: nem na vida que era cheio, nem nos anjos, nem em Deus... debochou de José, que até agora não sabe para onde ir.

O José (somos nós), poetas!

Poetas que vivemos buscando a porta e a porta não há mais.

Não adianta chorar: o mar secou, o mar da palavra secou em nós.

Temos que voltar para Minas, não me pergunte como é o que sei!

Se minas não há mais o problema é nosso, e agora?

Lázaro zachariadhes
Enviado por Lázaro zachariadhes em 16/11/2019
Reeditado em 08/11/2023
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