EFÊMEROS E FOGACHOS
Bauman já indagava sobre as relações líquidas
e, hodiernamente, isso nunca ficou tão evidente.
Tudo é tão passageiro,
como um barulho da banda passando
ou como a chuva de verão.
Tudo tão lépido,
como um sorriso
ou os momentos de êxtase.
Nossas vidas se tornaram um aglomerado de momentos efêmeros e fogachos,
tudo tão adolescente, imaturo,
que não damos a importância para tudo os que nos percorre.
Infelizmente, Bauman estava certo e não fazemos nada para mudar essa prática,
pois ditamos a efemeridade e os fogachos.
(SOUZA, Éderson – 10 de novembro de 2019)