MEUS VÃOS
(Por Érica Cinara Santos)
Nebulosos são ainda esses tempos
Vazios, mas não vãos
Volto-me ao que me há por dentro
Em suave e inefável libertação
Do amor e do romance por agora não o sei
Foi-me algo que deixei escapar pelo caminho
No vão de desordens que endossei
De pesadas nuvens aos poucos se esvaindo
E por achar-me ainda em vãos de mim
Desacelero o peito retumbante
Acolho-me junto a meus nãos e sins
Desfaço litígios irrelevantes
Sei, porém, que o pulsar é a minha essência
No raso não me alcanço nesse embate
Os vãos somente dissolvem incoerências
Pra que minha’alma encontre o seu resgate.
OBS.: Os vãos entre sentidos plurais.