Sonho
A esperança morreu
Nem envelheceu
Virou peça de Museu
Morreu de fato
Sufocada
Pelo medo e ignorância
Destruída pela ganância
Preconceito e egoísmo
Escondidos lá
Hoje, antes e sempre
Mascarados pela hipocrisia
Do dedo em riste
Da moral e dos bons costumes
Do politicamente correto
Moral é não enganar
Bons costumes é respeitar
Correto é lutar
Escolha as armas:
A palavra que edifica
O amor que transforma
A solidariedade que ergue...
Quanto ao sonho
Este persiste
Fragmentado
Nos quereres egoístas
Nas carências particulares
Nas realizações solitárias
Nas atitudes covardes
Nas tentativas tímidas
Sobrevive
Ainda que em cinzas
Desejoso de se reinventar
Converge para o coletivo
Indomável anseio
Qual fênix
Espera a hora
De alçar vôo
De novo
Só de teimoso.