BRUMADINHO
BRUMADINHO
Se há uma história de dor, omissão e tristeza
No lamento de quem não aprendeu a lição,
Formou-se uma aliança interna contra as leis
E os recursos naturais ficaram sem proteção
Ficando apenas riscos macabros escondendo
As Silicose, aluminose, siderose em subnotificação
Mesmo as existências de anomalias recorrentes
Foi impossível a ganância cega pensar em gentes,
O minério e o humano mediam forças diárias
Com os rejeitos vasados, na mina córrego do feijão,
Contudo, quantos não se perderam com a tragédia
Devido às mortes e a queda econômica então
Rola moça e Inhotim , distanciaram os turistas
E o olhar do mundo, virou olhar do medo
Dos corpos depositados como presos no degredo
Com os sonhos sepultados nos excessos de rejeito
E assim nobres barões, que exploram nossas riquezas
Se não há legislação que os tirem desse caminho
Olhem para os que perderam a raiz em Brumadinho
Dando-lhes atenção, solidariedade e presteza
Trate-os como gente, semente dos que morreram
E produziram com solidez a monumental realeza...
Edye