A MÁGOA

A MÁGOA

Não há mágoa sem afeição.

Isso viu quando ele, como um trator,

graciosamente, a abalroou sem tração

que, surpreendida, perplexa ficou.

Depois, insone, tentou remendar

o ser casto, mas seu olhar

já não discernia, batia em muro

sem saída, em beco escuro.

O tempo sana tudo [quase!]

- a mágoa inclusive -,

quando a barganha é exitosa

e a indiferença é a moeda de troca.

Mas depois todos imunes,

já não haverá quem os une.

Macapá-AP, 25/10/2019.

(Saulo C. Ribeiro Torquato)

TEXTO REGISTRADO EM USINA DE LETRAS

Saulo C Ribeiro Torquato
Enviado por Saulo C Ribeiro Torquato em 26/10/2019
Reeditado em 28/10/2019
Código do texto: T6779618
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.