Versos rasgados
 
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Como um louco, nervoso e desvairado
Que risca, risca e nada fica bom
Repete tudo várias e várias vezes
Fala sozinho com suas paredes
Abafa e se abafa, evitando seu próprio som!
 
São rabiscos em versos, reversos,  amassados
Por não encontrar a rima que julga ser perfeita
Cobra-se, se pune, se penitencia
Nada saiu como bem queria
Espera que tudo, aos poucos se ajeita!
 
Avoluma-se escritos pelos cantos amontoados
Em sobras fartas, de desconexas poesias
Vão ao lixo rimas de bons poemas
Continua a busca, se repete a cena
Por não achar perfeita, não chamejou magia!
 
O sono vem e traz junto o cansaço
Já quase se rendendo a conformação
Fica pra manhã ou pra depois, do depois
Quem sabe amanhã, saia um ou dois
Por hora vou dormir, ouvir meu coração!

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