O afeto de um grande sonho.
Ainda vejo como ela era linda, recordo do tempo e penso na distância.
Bela igual a imaginação substanciada por um grande sonho, levava me em seus braços os olhares fascinantes.
Como uma deusa perdida no magnífico desejo, a eternidade era o tempo que se fez no exato instante.
O infinito inteiro cobria de alegria.
Os passos se fizeram construindo novos caminhos, velhos abraços soçobraram as construções metafísicas.
Ao longe ainda um barco esperando pela água da chuva.
Tão longe o frio, esperando pelo término da madrugada, qual a razão do mundo ser tão sozinho.
Foram todos até o alongamento dos sóis descidos, a única esperança os novos giros.
Todavia, os mesmos eixos.
Recordo dela interminavelmente, enquanto for a minha existência.
Entretanto, um sinal abstrato, silenciado na alma, Essencializado por desejos passados.
A única recordação, deste modo, vive na memória, enquanto existir funcionalidade na alma.
A cognição escrita para sempre na imaginação, se pudesse queria a vossa magnitude em mim.
Com efeito, seria a vossa continuidade, como se fosse o reinício da própria vida.
Edjar Dias de Vasconcelos.