ÁGUA
Água
Ouvi de um boto
Que na água se abriga
Uma história triste
De destruição que se avista
É que nem veneno
Se beber dói a barriga.
Envenenada a água
A vida dos animais
De sede a natureza
Se despede e se desfaz
Pede socorro aos gritos
Reduz essa sede voraz.
O homem ganancioso
Pelo lucro da ambição
Mercúrio, lixo, poluição
Despeja pelos rios
É peixe comendo plástico
É plástico virando rio.
Menino não pula n'água
A lata cortou teu ser
Coração que sagra afoito
Da água que vai morrer
Virando barragem ou não
Agoniza e pede para correr.
Amazônia mãe de todos
Seu ser encantado pede
Paz e proteção.
Amazônia da biodiversidade
Pare com a maldade,
Queimadas e devastação.
Água que mata a sede
É vida que brota
Quero viver o amanhã.
Amazônia minha verde Amazônia
Respire o mundo amor de cunhã.
Poema: Márcia Wayna Kambeba