ÁGUA

Água

Ouvi de um boto

Que na água se abriga

Uma história triste

De destruição que se avista

É que nem veneno

Se beber dói a barriga.

Envenenada a água

A vida dos animais

De sede a natureza

Se despede e se desfaz

Pede socorro aos gritos

Reduz essa sede voraz.

O homem ganancioso

Pelo lucro da ambição

Mercúrio, lixo, poluição

Despeja pelos rios

É peixe comendo plástico

É plástico virando rio.

Menino não pula n'água

A lata cortou teu ser

Coração que sagra afoito

Da água que vai morrer

Virando barragem ou não

Agoniza e pede para correr.

Amazônia mãe de todos

Seu ser encantado pede

Paz e proteção.

Amazônia da biodiversidade

Pare com a maldade,

Queimadas e devastação.

Água que mata a sede

É vida que brota

Quero viver o amanhã.

Amazônia minha verde Amazônia

Respire o mundo amor de cunhã.

Poema: Márcia Wayna Kambeba

Márcia Wayna Kambeba
Enviado por Márcia Wayna Kambeba em 18/10/2019
Código do texto: T6772977
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