As pedras ouvem ópera

As pedras ouvem ópera

Num palco azul e branco

O sol imita o ser

E o ser imita o nada

Nuvens desconsoladas

Lapidam a essência

Os pés calejados

Corpo em tempo

Alma que invento

As pedras se mexem

Caminham às escuras

Nos braços de outono

Atrás de aventuras

Encontram soldados

O atrito cético

Confere o empirismo

No esplendor da luz

As pedras estão lá

Fincadas na Terra

Concórdias de esperas.