A minha dor
Rosângela Trajano
É madrugada no meu quarto
Os ratos inspiram-se
Tenho um coração tristonho
Choro o pranto da saudade
Daquilo que nunca fui e sonhei ser
Histórias de crueldade se manifestam
Na minha alma sofrida
Nem sei quem sou agora
Quem dera abrir a janela e olhar a lua
Sangro por dentro e por fora
Lembro-me do homem do trem
Que fazia poesias e plantava cenouras
Deus me quer bem disse a viúva
Meus pés estão cansados
A porta está fechada e o gato mia do lado de fora
Sou soluços perdidos no Universo