O JOVEM QUE BATALHAVA
Atenção meu caro leitor
Tenho uma história para lhe contar,
Peço que mergulhe nesta poesia, por favor,
Nela você vai se encantar.
Foi numa sexta-feira de manhã
Estava num ônibus que fazia a linha Fazenda Grande x Itapuã,
Notei a entrada de um jovem poeta
Cuja transmissão daquela obra era um dos recursos para atingir suas metas.
Percebi a felicidade no seu olhar
Notei-lhe que não existia vergonha de batalhar,
Não havia qualquer tipo de crítica que fazia-lhe sentir-se menosprezado
Porque ele era o exemplo de que a sua força de vontade nunca lhe deixou desamparado.
Sua rotina era assim passava o dia inteiro na rua
Transmitindo mensagens poéticas voltadas à realidade,
Que fizesse chuva ou sol
Nunca teve vergonha de batalhar pelo fruto do seu suor.
Naquele mesmo dia no turno vespertino
Avistei-lhe em um outro ônibus no bairro do Caminho das Árvores num outro destino,
Recitando com perfeição suas belas poesias
Entusiasmava qualquer pessoa com tanta maestria.
O jovem que batalhava
Utilizava um conjunto de palavras,
O muito ou pouco que ganhava
Ele se contentava.
Embora a sua consciência algum momento perceberia
Que alguns não lhe davam tanta importância,
Mesmo sabendo que a sua presença para muitos o incomodaria
Pois ele jamais perdeu a esperança.
Esperança de vencer na vida
E não deixava de ser um sonhador,
Tinha a grande certeza
De que estaria perto de se tornar um vencedor.
Ele era mais um jovem que se encontrava
Na batalha diária utilizando o seu interesse o seu instrumento vocal,
Ele era um jovem que batalhava
Para que um dia pudesse ser famoso e ser visto pela imprensa nacional.
Ele era um jovem que conduzia a sua habilidade
Através de palavras poéticas,
Fazia por amor e com dignidade
Recitava cuidadosamente priorizando o respeito à ética.
Declamar poesias era uma de suas virtudes
Não tinha vergonha em ter essa atitude,
Depois de um esplêndido trabalho executado por poucos membros da juventude
Esperançoso que alguém daquele lugar lhe ajude.
Ele tinha sim outro objetivo
De mostrar que a poesia não é coisa do passado,
Não se abalava com qualquer tipo de argumento ofensivo
Porque ele sabia que no coração de qualquer um os comovia cada palavra dos versos recitados.
Eles não quis ser apenas um escritor
Ele queria ser um detector das ações que generalizava a realidade,
Através da poesia ele quis propor
Possíveis atitudes a serem tomadas pela sociedade.
Era perceptível o seu desabafo
Em cada verso recitado,
Em tais ações que algumas vezes lhes foram presenciados
Toda vez que recitava sentia-se maravilhado.
Sempre que cumpria com seu humilde papel
Rico de conhecimento e habilidade,
Ele transitava nas beiradas do ônibus com o seu chapéu
Para recolher as recompensas que ganhara da sociedade.
Notável a maestria do seu conhecimento
Fez o seu trabalho com merecimento,
Não importava qual seria a forma de pagamento
Recebia qualquer moeda, palavras de incentivo, aperto de mão ou um sorriso no rosto como forma de pagamento.
Naquele momento pude testemunhar
A sua rotina diária,
Sempre demonstrou vontade de batalhar
E no falecer do dia esperava a sua condução na estação rodoviária.
Retornava ao seu lar na boca da noite
Portando o cansaço ao seu corpo como se levasse um açoite,
Esperava num ponto de embarque uma condução
Que seguira para Cajazeiras como destinação.