Sem Ter As Mãos
Daqui a pouco, sei,
já estarei partindo,
o tempo é breve
para cada um,
um sopro de vida,
um sopro de vento
e tudo termina por aqui...
O que resta então senão pó
e nem o pó seguro nas mãos,
pois já nem restam mãos...
Tudo é tão estranho,
o que perco, o que ganho,
tão pouco importam...
e mesmo assim lutamos,
sofremos, brigamos,
pelo que é nada...
Nada! Nada mais importa
que um bom sentimento;
é apenas o que posso levar...
sem ter as mãos.