Intolerância
Por que não posso chamar meu Companheiro de Príncipe, Maridao, meu Amorzao, em Público?
Por que tanto humano desumano, em querer me agredir, por eu ser afetivo, sensível em espaços públicos?
Debochando de um carinho meu tão genuíno e sincero
Ao dizer Maridao em um supermercado
Hoje me sinto uma borboleta, mas de metamorfose incompleta, por não poder ser eu mesmo, em todos os lugares e quando quero
Por medo de ser agredido, de ter minha vida ceifada, pelo simples fato de ser afetivo, com meu Companheiro Marido
Uma borboleta que já teve suas tantas metamorfoses
Para se compreender, se amar
Nessa sociedade desumana
Se viu ontem presa novamente em seu casulo
Mas jamais perderei a esperança de um dia
Poder ser flor em essência
Sem medo de ser ferida por meus aromas e docilidades
E poder receber meu beija-flor livre de medo