Dormir?

Dormir? Dormir pra quê?

Na tentativa de viver mais

Sonhar mais

Fantasiar mais

como Fernanda

Disse a Nanda

Formiga trabalhadeira

Trabalha com o pensamento

Não entende o ócio

Trabalha

Porque viver é preciso

Dormir não é preciso

Adentrando madrugadas

A criatividade

não obstante, criticidade

Vaidade, ah, a vaidade

Deixa pra lá

Dormir?

Não é preciso

Imorredoura não és

Não sou

No som pauleira

Na noite sorrateira

O Rock 'in Roll

Do palco da vida

O relógio não para

a vida não para

E dormir?

Dormir não é preciso

E amanhã?

Amanhã o real

Acordar

o sono, quando há?

Realizar, inventar.

Trabalhar. Ah, e o ócio?

O ócio é pensar

E a formiguinha trabalha

Pro sonho não acabar

Porque dormir

Dormir não é preciso.

(Em mais uma das noites mal dormidas. Sem neura)

Silvinhapoeta
Enviado por Silvinhapoeta em 04/10/2019
Código do texto: T6760779
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