Dormir?
Dormir? Dormir pra quê?
Na tentativa de viver mais
Sonhar mais
Fantasiar mais
como Fernanda
Disse a Nanda
Formiga trabalhadeira
Trabalha com o pensamento
Não entende o ócio
Trabalha
Porque viver é preciso
Dormir não é preciso
Adentrando madrugadas
A criatividade
não obstante, criticidade
Vaidade, ah, a vaidade
Deixa pra lá
Dormir?
Não é preciso
Imorredoura não és
Não sou
No som pauleira
Na noite sorrateira
O Rock 'in Roll
Do palco da vida
O relógio não para
a vida não para
E dormir?
Dormir não é preciso
E amanhã?
Amanhã o real
Acordar
o sono, quando há?
Realizar, inventar.
Trabalhar. Ah, e o ócio?
O ócio é pensar
E a formiguinha trabalha
Pro sonho não acabar
Porque dormir
Dormir não é preciso.
(Em mais uma das noites mal dormidas. Sem neura)