Um nada

A face da morte maltrata

Como o medo da vida atrapalha

Seguir cego o temor do amor

É entregar-se calado ao vício da dor

Viver sem sentir o bom da vida

É morrer sem alegria da despedida

Pedir sem sentir o perdão

É dar-se e não guardar-se ao coração

Largado ao chão, aguado, calado

Perdido e não querido, nem amado

E me fiz assim

Pedaços de mim

Pouco a pouco

Um nada sem fim