Excesso e arte, oprimida
No teatro aprendeu a falar
Pessoas humanas portadoras de deficiências
Na locomoção, ao se mover
O corpo condicionado não sabe outro jeito de se mexer.
Trancadas em suas casas de porta aberta
Se contentam com a vista da janela
Lavar, comer, dormir e ficar triste quando sozinha
Nada pra fazer.
Não aprecia a própria companhia
Segura nos ombros dos outros como apoio
Volte sempre, não vá!
Arte é algazarra
Rasgo seu desenho na sua cara.
O mal do vício
É te prender naquilo
E só naquilo
Logo naquilo
Que vai te ferrar
O hábito de detestar
Ser contrariado
Estado de um espírito que anda com as próprias pernas que tem vontade própria
Está no auge preservar
Depois de tanto desmatar
Matar, saquear
A natureza sobrevive
Enquanto morre aos poucos
A gente espera o estado crítico!
Pra começar, a se arrumar, pra então
Reagir a tudo isso.
O mau do vício
É te prender naquilo
E só naquilo
Logo naquilo
Que vai te ferrar.
12/junho/19
Beleléu