Ser ou não-ser? Eis o momento.
O cronista nada mais é do que o poeta alegre.
Afinal, concordemos:
Poeta é feito de extremos
E alegria é sopro — coisa flutuante.
A poesia vem do profundo,
De paixões alucinantes,
Sofreguidões sem fim.
A crônica reflete, opina... é sagaz.
Poema só é arte
Se há sentimentos na métrica
O poeta não pensa, transborda.
Quem entende é quem lê.
Isso é o bom de ser poeta:
— Não saber quem é, para ser no outro.
Por isso, poeta que não ama, que não sofre, escreve crônicas.
21 de setembro de 2019