O QUE EU VEJO
O QUE EU VEJO
O que eu vejo
É o que eu não queria ver
Eu não estou vendo nada
Nada que acrescente,
Nenhum presente,
Ao meu redor só gente doente
Espalhando terror
E esquecendo que nós somos feitos de amor.
O que eu vejo
É o que eu não via quando era criança.
Aliás, não víamos !
E tudo o que eu queria
Nesse tempo atual
Era voltar a ser criança
Para voltar a não ver nada disso.
Mas em relação à maldade do mundo
O meu pensamento de amor é submisso
Só que a submissão jamais pode ser do bem
Porque o bem é superior
Pois vem do céu
Vem de Deus a quem me apego
Como uma criança se apega aos pais.
O que eu vejo
Neste mundo me faz chorar.
Tanto sangue derramado
Tanto amor desperdiçado
Desunião
Desilusão
Egoísmo
Materialismo
Nada que acrescente
E eu me pergunto
O que será do futuro
Sem o carinho do amor
E dominado pela perversidade.
As vezes eu penso
Que lá no passado,
Na minha infância é que ficou a felicidade.
Essa é a tristeza do mundo atual,
Achar que a felicidade ficou no passado.
Essa tristeza
Vai passar
Vai passar
Pois o que eu aprendi nesta vida
É que tudo passa.
O que eu vejo
É certeza
É glória
É luz da fé
O amor de Deus em nossos corações.
O que eu vejo
A tristeza do mundo jamais
Vai me impedir de ver.
Porque há uma nova vida
Quando nos voltamos para o amor.
( Autor: Poeta Alexsandre Soares de Lima)