CLIENTE ESPECIAL - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros
CLIENTE ESPECIAL - Luiz Poeta
Se o contato se torna mais diplomático...
e a mensagem fica muito mais formal,
todo sentimento fica mais apático
e a palavra "amigo"... mais... profissional
Se a mensagem torna-se um comunicado
e o "você" , um Ilustríssimo senhor,
acredite, meu amigo, o seu passado
transformou você só num... consumidor.
Coisa triste... tem-se a percepção
que a palavra amigo era um recurso
que era usado para que um coração
não notasse a intenção do amigo... urso.
Quem nos cobra, de maneira arbitrária,
a atitude que se torna obrigação,
não merece uma resposta necessária
ao seu jeito de viver de ostentação.
Que se troque, sem cobranças implacáveis,
que se dê e se receba algum afeto,
sem motivos sempre injustificáveis,
que nos tornem um brinquedo... predileto.
Toda vez que uma pessoa admirada faz do próximo, um cliente... eventual,
esquecendo-se do quanto foi amada,
pode ter, nesse "cliente" o seu rival.
Dizer não, numa doença ou compromisso,
jamais pode ser um ato imperdoável,
e se alguém, ao condenar, não pensar nisso,
perderá, bem muito mais que um irmao... amável.
Tanto marketing... sentir-se preterido,
é perder a confiança e o carinho,
e é quando o nosso amor perde o sentido,
que ele passa a nos mostrar outro caminho.
Quando, enfim, outra carência se apresenta,
na ausência desse amigo... eventual...
... nosso coração tão sem... conveniência...
novamente se revela... fraternal.
...
Às 20h e 28 min do dia 27 de janeiro de 2019 do Rio de Janeiro, Brasil.