Cova Rasa!
A certidão de óbito deveria ser individual,
não é!
enterra-se uma pessoa abre-se quatro covas rasas.
Um filho morre; a mãe vai junto.
Na pedra o corpo,
na lapide grafita, lenta o olhar da genitora escreve o seu nome
no mármore frio e morto.
Na casa o vazio que não cabe o luto,
só interrogações.
De passos lentos ela
Procura em todo canto
ouve a voz dos fatasmas do filho sepulto! minha mãe!
Fecha os olhos, só escuta cheia de angústia! não tem respostas, com olhar de louca grita:
Deus porquê não me levastes!?
Coitada! não sabe que blasfemou!
Em prantos sem uma lágrimas pos lágrimas não tinha, silencia dobrando as roupas coloridas que o filho vestia na noite do desencanto.