Cova Rasa!

A certidão de óbito deveria ser individual,

não é!

enterra-se uma pessoa abre-se quatro covas rasas.

Um filho  morre; a mãe   vai junto.

Na pedra o corpo,

na lapide grafita, lenta o olhar da genitora escreve o seu nome

no mármore frio e morto.

Na casa o vazio que não cabe o luto,

só interrogações.

De  passos lentos ela

Procura em todo canto

ouve a voz dos fatasmas do filho sepulto! minha mãe!

Fecha os olhos, só escuta cheia de angústia! não tem respostas, com olhar de louca grita:

Deus porquê não me levastes!?

Coitada!  não sabe que blasfemou!

Em prantos sem uma lágrimas pos lágrimas não tinha, silencia dobrando as roupas coloridas que o filho vestia na noite do desencanto.

Lázaro zachariadhes
Enviado por Lázaro zachariadhes em 24/09/2019
Código do texto: T6752504
Classificação de conteúdo: seguro