ALMA PALPITANTE

Coloquei no meu bolso um diamante.

Mas saltou logo, aos pulos. Não coube lá, não!

Errou quem pensou que é o coração.

Era minh'alma palpitante.

É lá mesmo que guardo sentimentos marcantes:

amor, esperança, felicidade, tristeza, paixão.

Através deles, vou da calmaria à explosão.

Vivo sempre num ritmo alucinante.

Ela não descansa um só instante.

Difícil de lidar, tem os seus rompantes.

Se fosse como livro bom, desses que são calmantes...

Chegado ao fim, guardaria na estante.

Dela não posso me separar, nem gostaria...

Já me acostumei com essas emoções,

apesar das feridas e decepções.

Um coração sem alma? O que me restaria?

Membro da Academia Virtual de Poetas da Língua Portuguesa (AVPLP) - Acadêmica Titular do Brasil e de Portugal; Membro efetivo da U.A.V.I (União de Autores Virtuais Independentes)