poeta
Me apontaram muitos dedos
até eu ficar no chão olhando pro teto
e já estando do avesso
não acertava estar coeso
pois sempre fui travesso
infantil e desconexo
Já me apontaram muitos dedos
eu sempre apontando lápis
enchendo as folhas do caderno
de lágrimas e versos
para aprontar uma poesia
e organizar meu universo
amenizando a melancolia
Sonho encarar o nascer do sol
andar direto pro horizonte
olhar sempre pro céu
nunca tirar os pés no chão
deixando palavras nos postes
paredes ou no papel