A cada oficina, exercito uns riscos. Estes foram durante a oficina Escritas em Trânsito, da Fundação Cultural do Estado da Bahia - Funceb, com a escritora
Micheliny Verunschk, dias 11, 12 e 13 de setembro de 2019.
Fiz umas 'traduções' e compartilhei com o poeta Alejandro Rodelo Caro, de San Jacinto Bolívar (Colômbia), que me ajudou nos ajustes:
Fome de tigresa
O instinto me move
Deito, durmo, sonho
A geladeira vazia
A sobrevivência
Deslizo pela noite
Em devaneio vejo
Bolsos devorados
Casais assaltados
Despojos de caça
A manhã me desperta
A mesa coberta de teias de aranhas
Estômago cheio de ilusões calcinadas
Fisgada no tornozelo
Sangue brota
A tigresa era eu
Tigresa con Hambre
El instinto me mueve, me acuesto, duermo, sueño.
La nevera vacía, la supervivencia.
Me deslizo por la noche.
En ensueño veo bolsillos devorados, parejas robadas, botines de caza.
La mañana me despierta, la mesa cubierta de telarañas, estómago lleno de ilusiones calcinadas.
Enganchado en el tobillo, la sangre brota.
La tigresa era yo
No meio da noite
O sono sobressaltado
Sinto o pulo sobre o portão
Passos cuidadosos
Sutil empurrão na porta
Meu sexo se abre
E sinto a presença
Rigidez me entra
Entrego o que tenho
En medio de la noche, sueño sobresaltado, siento el salto sobre el portón, pasos cuidadosos, empuje sutil en la puerta. Mi sexo se abre, y siento la presencia, me entra rigidez, doy lo que tengo
Mosaico
Sou impressões alheias,
Imaginações,
projeções,
imaginários,
desejos,
deduções,
sonhos...
Construído por outros,
sem permissão,
não consentido,
sem cumplicidade,
sem autorização,
sem meu conhecimento.
Não sou espelho,
sou estilhaços...
Oficina Escritas em Trânsito
12 setembro 2019
Se imaginou libélula,
Deitou de bruços no asfalto,
Juntou os pés, abriu os braços,
Vibrou as pernas
Com força de asas de colibri.
De olhos fechados levitou,
Sentiu lufadas de ar nos cabelos,
Sumiu rumo ao céu
Si imaginaba una libélula, yacía boca abajo sobre el asfalto, unía los pies, extendía los brazos y las piernas revoloteaban con alas de colibrí. Con los ojos cerrados levitó, sintió el aliento en el pelo, desapareció en el cielo.
U
Como Libélula imaginada
Se tumbó boca abajo sobre el asfalto
Juntó los pies y extendió los brazos.
Piernas vibradas
Fuerza de alas de colibrí
Con los ojos cerrados levitaba
Sintió un soplo de aire en el pelo.
Desapareció en el cielo
Panamá
Este "Poema Canibal" foi inspirado na fala "Tu quer me comer?", de uma personagem da Trilogia Infernal de Micheliny Verunschk, cuja escritora ministrou oficina de literatura no projeto Escritas em Trânsito, da Fundação Cultural do Estado da Bahia - Funceb
Micheliny Verunschk, dias 11, 12 e 13 de setembro de 2019.
Fiz umas 'traduções' e compartilhei com o poeta Alejandro Rodelo Caro, de San Jacinto Bolívar (Colômbia), que me ajudou nos ajustes:
Fome de tigresa
O instinto me move
Deito, durmo, sonho
A geladeira vazia
A sobrevivência
Deslizo pela noite
Em devaneio vejo
Bolsos devorados
Casais assaltados
Despojos de caça
A manhã me desperta
A mesa coberta de teias de aranhas
Estômago cheio de ilusões calcinadas
Fisgada no tornozelo
Sangue brota
A tigresa era eu
Tigresa con Hambre
El instinto me mueve, me acuesto, duermo, sueño.
La nevera vacía, la supervivencia.
Me deslizo por la noche.
En ensueño veo bolsillos devorados, parejas robadas, botines de caza.
La mañana me despierta, la mesa cubierta de telarañas, estómago lleno de ilusiones calcinadas.
Enganchado en el tobillo, la sangre brota.
La tigresa era yo
No meio da noite
O sono sobressaltado
Sinto o pulo sobre o portão
Passos cuidadosos
Sutil empurrão na porta
Meu sexo se abre
E sinto a presença
Rigidez me entra
Entrego o que tenho
En medio de la noche, sueño sobresaltado, siento el salto sobre el portón, pasos cuidadosos, empuje sutil en la puerta. Mi sexo se abre, y siento la presencia, me entra rigidez, doy lo que tengo
Mosaico
Sou impressões alheias,
Imaginações,
projeções,
imaginários,
desejos,
deduções,
sonhos...
Construído por outros,
sem permissão,
não consentido,
sem cumplicidade,
sem autorização,
sem meu conhecimento.
Não sou espelho,
sou estilhaços...
Oficina Escritas em Trânsito
12 setembro 2019
Se imaginou libélula,
Deitou de bruços no asfalto,
Juntou os pés, abriu os braços,
Vibrou as pernas
Com força de asas de colibri.
De olhos fechados levitou,
Sentiu lufadas de ar nos cabelos,
Sumiu rumo ao céu
Si imaginaba una libélula, yacía boca abajo sobre el asfalto, unía los pies, extendía los brazos y las piernas revoloteaban con alas de colibrí. Con los ojos cerrados levitó, sintió el aliento en el pelo, desapareció en el cielo.
U
Como Libélula imaginada
Se tumbó boca abajo sobre el asfalto
Juntó los pies y extendió los brazos.
Piernas vibradas
Fuerza de alas de colibrí
Con los ojos cerrados levitaba
Sintió un soplo de aire en el pelo.
Desapareció en el cielo
Panamá
Amor caníbal
¿Donde encontrar
esta magia instantánea?
¿corazón despedido?
¿momento emocionante?
¿Cómo parar
esta morbosa curiosidad
por amor surrealista?
¿Passion de telenovela mexicana?
¿Está en la carta astral,
en la cubierta gitana,
en cartas del tarot,
en ese callejón escondido?
Busco lo improbable
destellos de milagros
Cupido romanesco
morir de amor...
¿Quieres comerme¿
Amor canibal
Onde encontrar
esse mágico instante
disparado coração
emocionante momento?
Como parar
essa curiosidade mórbida
por amor surreal
paixão de novela mexicana?
Está no mapa astral
no baralho da cigana
nas cartas de tarô
naquele beco escondido?
Busco o improvável
lampejos de milagres
cupido romanesco
pra morrer de amor.
Tu quer me comer?
Este "Poema Canibal" foi inspirado na fala "Tu quer me comer?", de uma personagem da Trilogia Infernal de Micheliny Verunschk, cuja escritora ministrou oficina de literatura no projeto Escritas em Trânsito, da Fundação Cultural do Estado da Bahia - Funceb