Liberdade

A escravidão institucional

tira a liberdade material

e hoje é considerada ilegal,

mas ela não elimina a liberdade espiritual.

Porém, há outro tipo de escravidão,

ligada à autoidealização,

faz com que o indivíduo viva na ilusão,

por não aceitar sua própria condição.

Muitos tentam ser o que não são.

Criam uma identidade que jamais possuirão.

Eliminam a possibilidade da autoaceitação

e impedem a expressão da pessoa que realmente são.

Nessa vivência desregulada

na tentativa de suprimir defeitos

ao invés de trabalha-los de forma adequada

tem-se péssimos efeitos.

Vícios, ansiedade,

aquela velha sensação de incapacidade,

o medo do fracasso,

a tentativa de ser uma pessoa de aço.

Tudo isso desumaniza!

Escraviza! Paralisa!

Entristece! Empobrece!

Desfalece! Enfraquece!

A verdadeira liberdade

vêm com autoaceitação,

com a maturidade,

com o esforço de transformação, sem rejeitar a própria condição.

A liberdade autêntica

passa pela dor, passa pelo silêncio.

É uma conquista lenta que purifica.

Exige amor próprio!

Quando se conquista essa liberdade

a vida ganha mais qualidade.

O interior humano é renovado

e o contexto todo é transformado.

Vive-se de modo mais elevado

ainda que o próximo continue perturbado.

A vida passa a dar certo.

Entende-se que em meio caos, Deus está por perto.